Os Direitos Humanos pediram a prisão de Mãe PM que matou ladrão na porta de escola?
É verdade que os advogados da família do assaltante morto pela PM, em Suzano, solicitaram ao Ministério Público a prisão preventiva da policial?
A notícia surgiu em diversos sites e blogs na segunda quinzena de maio de 2018 e se espalhou também através de grupos no WhatsApp. De acordo com o texto, os advogados da família do assaltante morto pela cabo da Polícia Militar no dia 12 de maio de 2018 teriam pedido ao Ministério Público de São Paulo a prisão preventiva da policial que (segundo o que diz na notícia) atirou no suspeito a queima roupa.
Os advogados teriam alegado que a PM-Mãe deve ser autuada por Homicídio Cruel e sem Possibilidade de Defesa para a vítima, pois teria se excedido na reação e que a policial será conduzida para a Unidade da PM onde será interrogada nesta terça-feira.
Será que essa notícia é verdadeira ou falsa?
Verdade ou mentira?
O site Top Five TV, conhecido aqui no E-farsas por inventar e espalhar fake news, publicou a notícia a respeito da prisão da policial que – em seu dia de folga – atirou contra um assaltante em Suzano no dia 15 de maio de 2018.
Citando o jornal O Dia como fonte, o Top Five não consegue provar nada, uma vez que não há nada a respeito no site do referido jornal . Mesmo assim, os criadores dessa “notícia” conseguiram fazer com que esse rumor conquistasse milhares de compartilhamentos.
Alías, nenhum jornal publicou nada a respeito dessa suposta prisão. Pelo contrário, as notícias reais são a de que a militar foi homenageada pelo governador de São Paulo.
Consultada pela Ponte.org, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo informou que pedirá o arquivamento do inquérito que iria apurar a conduta da policial.
Ou seja, mesmo com especialistas analisando os erros e acertos na ação da policial, não há nada contra a cabo como estão espalhando por aí!
Reações à fake news
Como já falamos nos parágrafos acima, mesmo essa notícia sendo falsa, muita gente compartilha esse tipo de conteúdo como sendo verdadeiro, incitando o ódio nas redes sociais.
Um exemplo disso é a montagem abaixo que foi espalhada no Facebook. Ela dá a entender que a vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, não deveria ser homenageada (por causa de fake news como essa que circularam após a sua morte) enquanto que a policial não deveria ser processada:
A foto usada nessa fake news
Quem inventou essa notícia falsa usou a foto de uma foragida da Penitenciária Feminina de Butantã, que havia sido recapturada em 2016 por policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) em Campinas. A foragida estava com R$ 7 mil em dinheiro no momento da prisão!
Conclusão
A notícia afirmando que a policial que matou um assaltante em Suzano (SP) foi presa e está sendo processada é falsa!