Cinema / TV
Comercial Honda Cog foi criado sem o uso de computadores
Vídeo mostra efeito dominó usando partes de um carro! Texto afirma que tudo foi feito sem o uso de computação gráfica!
Você já ouviu falar de Rube Goldberg e de suas máquinas?
Conhecido como Rube Goldberg, o americano Reuben Lucius Goldberg ficou famoso por criar máquinas extremamente complexas para executar tarefas extremamente simples.
As Máquinas criadas por Rube Goldberg eram iguais às que vemos nos desenhos do Tom e Jerry em que o rato, ao pegar o queijo, puxa um fio que faz rolar uma bola de boliche e essa bola, por sua vez, amassa um tomate que… enfim. Por um erro de cálculo, acaba por derrubar um enorme peso na cabeça do desafortunado gato Tom.
Pois, em 2003, o vídeo abaixo, de apenas 2 minutos, inspirado nessas máquinas, começou a circular pela web.
No filme, podemos ver várias peças de um automóvel (bancos, rodas, parafusos, engrenagens) se derrubando umas às outras para, no final, exibir o luxuoso Honda Accord.
Após assistir ao vídeo, as perguntas que surgem são: Será que as peças são reais? Será que tudo foi feito por computador?
Sim! As peças são reais e não se trata de computação gráfica!
O site especializado em marketing Imedia Connection, explica que o comercial, apelidado de ‘Cog’ custou 1 milhão de dólares e demorou 5 meses só de projeto para só então ser filmado. Só as filmagens demoraram uma semana e foram feitos aproximadamente 600 takes até acertarem!
Em entrevista ao Cientista e Correspondente do The Guardian, Alok Jha, o diretor da camapanha, Rod Steiner, conta que o vídeo teve que ser filmado em 2 partes devido á falta de espaço e que essa foi a única "montagem" que tiveram que fazer no filme todo!
A "emenda" das duas partes foi feita exatamente em 1 minuto, bem no momento em que a parte do escapamento sai rolando para a direita da tela.
Possível momento da junção!
Uma das maiores dúvidas que recebemos por e-mail foi a da seqüência que mostra os pneus subindo em uma rampa. O diretor da Agencia Wieden & Kennedy, responsável pelo comercial, conta o segredo: Foram colocados pesos na parte de trás das rodas e quando elas se movem o peso faz com que tentem se reequilibrar, fazendo-as girar para frente e – em conseqüência – para o alto.
O vídeo abaixo ilustra bem o que foi feito com os pneus:
Steiner contou ao repórter que só o fato da temperatura do estúdio aumentar poucos graus já era motivo de preocupação. "Com o calor, por exemplo, a madeira se expandia, tornando o giro da peça um pouco mais rápido", explica o diretor.
O fato é que o comercial ficou com 2 minutos de duração, um pouco caro para se veicular na TV. A solução foi espalhar o filme pela web! O marketing viral deu tão certo que, segundo a Wikipédia, em apenas 24 horas o vídeo alcançou a marca de 250 Mill visualizações!
Essas e outras tantas milhares de pessoas acabaram por conhecer então o trabalho e, sobretudo, o produto que a agência pretendia mostrar.
De acordo com o site Notícias Automotivas, o comercial ganhou dezenas de prêmios em festivais do mundo todo, dentre eles, o Advertising Creative Circle Awards, (2004) e o Eurobest, (2003).
Algum tempo depois, a própria agência publicou um vídeo no Youtube, mostrando os bastidores das gravações:
E o sucesso da campanha foi tão grande que até paródias foram criadas, como no vídeo abaixo: