Marido faz teste surpresa de DNA e expulsa a esposa de casa! Será verdade?
Ontem (3) recebemos mais uma sugestão de pauta através de nosso grupo no Facebook. Dessa vez, o objeto de questionamento era um vídeo, em inglês, publicado por uma página chamada “Sujeito Homem”, no Facebook (arquivo).
A página se autointitula como um “site de notícias, entretenimento e humor“, que possui cerca de 2,5 milhões de seguidores.
O objeto de questionamento era um vídeo, em inglês, publicado por uma página chamada “Sujeito Homem”, no Facebook.
Eis a descrição que acompanhava o vídeo:
“Marido desconfiado que a filha não era dele, fez um DNA surpresa, e de forma carinhosa pede para que sua ex companheira se retirasse de sua residência“
Publicado no dia 30 de julho de 2020, o vídeo já alcançou quase 5 milhões de visualizações e obteve mais de 47 mil reações, 12 mil comentários e 15 mil compartilhamentos!
Entretanto, será que esse caso é real? Descubra agora, aqui, no E-Farsas!
Verdadeiro ou Falso?
Falso! O vídeo não passa de uma encenação feita por uma YouTuber chamada Suzette James. Aliás, ela própria disse que se tratava apenas de “uma encenação de um cenário possível”, em sua conta no Twitter.
Confira o vídeo originalmente publicado em sua conta no YouTube no dia 30 de julho de 2020:
Assim como seu tuíte dizendo que tudo não passava de uma encenação (arquivo):
Tuíte de Suzette dizendo que tudo não passava de uma encenação.
Essa utilização de conteúdo viral de terceiros, independente de ser falso ou não, é uma prática comum e inescrupulosa para atrair público, engajamento e, consequentemente, ganhar dinheiro de alguma forma em uma ou mais plataformas.
As páginas e perfis geralmente não se importam com a veracidade do material, apenas no potencial viral que possui para poder, em seguida, publicar um comentário ou um tuíte fazendo alguma propaganda paga ou autopromoção.
Eis o modus operandi:
As páginas e perfis geralmente não se importam com a veracidade do material, apenas no potencial viral que possui para poder, em seguida, publicar um tuíte fazendo alguma propaganda paga…
…ou algum comentário de autopromoção.
Ignorando essa situação, Suzette comemorou a viralização do seu vídeo, que foi replicado em páginas e perfis de terceiros (na absoluta maioria dos casos sem citá-la).
As páginas, no entanto, conseguem gerar dezenas de milhares ou milhões de visualizações, mas isso não é repassado ao criador do vídeo. Reparem na ironia: no canal de Suzette, no YouTube, seu vídeo obteve até agora menos de 4.000 visualizações. Já no Tik Tok pouco menos de 3.000 visualizações.
Claramente Falso?
Muitos até podem dizer: “Ah, mas tava na cara que era falso“. No entanto, a falta dessa percepção (de certa forma subjetiva) acaba ajudando a impulsionar a viralização desse tipo de conteúdo. Há quem também compartilhe por seus próprios vieses. Já outros podem dizer que isso é apenas arte ou até que seja uma forma de crítica/reflexão social. No entanto, para quem verifica informações e se depara com centenas ou milhares de comentários acreditando que um determinado conteúdo seja verdadeiro, não é bem assim que funciona.
Se o seu é argumento é forte o suficiente, por que mentir? Um bom exemplo são vídeos que alertam o espectador que se trata de uma encenação. Quando uma página edita o vídeo e retira esse aviso, por exemplo, a culpa não é de quem produziu e veiculou corretamente, mas da página que o divulgou retirando-o do seu contexto original.
Conclusão
Falso! O vídeo não passa de uma encenação feita por uma YouTuber chamada Suzette James. Aliás, ela própria disse que se tratava apenas de “uma encenação de um cenário possível”, em sua conta no Twitter.
