Política
Mulher acha carta de socorro de funcionário escravo em brinquedo chinês
Será verdade a história da norte-americana Julie Keith que encontrou uma carta com pedido de socorro dentro de um brinquedo chinês? Descubra aqui:
A notícia apareceu na web em dezembro de 2012, mas voltou a circular novamente no final de agosto de 2013. De acordo com inúmeras publicações em sites e em blogs, uma americana de Oregon (EUA) teria encontrado uma carta muito bem escondida dentro de uma caixa que embalava um kit para o Halloween “made in China”. A carta, segundo dizem, seria um pedido desesperado de socorro enviado por um funcionário da empresa, que afirmava que ele estaria preso num campo de trabalho forçado no norte da China, trabalhando 15 horas diárias durante toda a semana sob o olhar sanguinolento dos vigias.
O brinquedo onde teria vindo o bilhete foi comprado em uma loja da rede Kmart, mas conforme publicado na internet, teria ficado guardado na casa de Julie Keith por um ano, até que um belo dia ela resolveu abrir o tal kit para usar em sua filha e tomou um susto com o bilhete que começa assim:
“Senhor: Se você ocasionalmente comprar este produto, por favor, reenvie esta carta para a Organização Mundial de Direitos Humanos“, começa a nota não assinada, que foi dobrada em oito partes!
Será que isso é verdadeiro ou falso?
Verdadeiro ou falso?
Essa história, que mais se parece com um enredo de um filme de Hollywood e tem tudo para ser mais uma farsa da web, é real!
Mais de seis meses depois da notícia vir a publico, em junho de 2013, a identidade do homem que escreveu o pedido de socorro veio à tona. O Sr. Zhang, de 47 anos, ex-detento do campo Masanjia em Shenyang, se apresentou como o autor da carta.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o nome completo do Sr. Zhang deve permanecer em segredo por uma questão de segurança do chinês.
Ele contou à reportagem do New York Times que conseguiu escrever 20 cartas escondido dos guardas ao longo de dois anos que ficou preso no acampamento. Como ele era proibido de ter papel e caneta, o Sr. Zhang disse que ele roubou um conjunto de uma mesa, enquanto fazia a limpeza de um escritório da prisão e escolheu mandar os pedidos de ajuda em inglês, mas como ninguém respondia aos seus chamados, ele deixou o assunto pra lá.
Não se sabe ao certo a verdadeira razão pela qual o Sr. Zhang foi preso (na China, há um sistema de reeducação que permite a detenção sem julgamento), mas acredita-se que teria sido enviado para Masanjia por ser um seguidor do movimento religioso Falun Gong, que foi proibido pelo governo chinês, em 1999.
Conclusão
A história é real!