O PSOL não quer mais saber quem mandou matar Marielle Franco?
Notícia afirma que o (PSOL) silenciou os pedidos de encontrar os assassinos de Marielle Franco após descobrir que eles são “apenas” bandidos comuns! Será verdade?
No dia 29 de março de 2019, o site Jornal da Cidade Online publicou um artigo de opinião afirmando que Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) teria simplesmente parado de exigir respostas sobre quem seriam os autores do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Segundo a matéria, que teve quase 200 mil compartilhamentos em apenas 24 horas, após passar meses exigindo os nomes dos assassinos de Marielle, o PSOL teria “se calado” após descobrir que eles eram “simples traficantes” e, por isso, a sede de justiça [do PSOL] teria acabado!
Como os assassinos são “bandidos comuns”, diz a reportagem, isso teria atrapalhado a narrativa de que a vereadora teria morrido lutando contra algum político de direita, por isso o partido teria deixado o assunto de lado!
Será que isso é verdade?
Verdade ou mentira?
Raramente desmentimos ou confirmamos aqui no E-farsas matérias de opinião – como essa publicada no site Jornal da Cidade Online – mas nesse caso recebemos tantos pedidos de esclarecimentos que resolvemos abrir uma exceção e mostrar (mais uma vez) como uma simples busca no Google pode acabar com qualquer mal-entendido.
No dia 12 de março de 2019, uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, quase um ano antes (em 14 de março de 2018). Os presos são Ronie Lessa – policial militar reformado – e Élcio Vieira de Queiroz – que foi expulso da Polícia Militar. As informações são da Agência Brasil.
Somente nessa matéria, que foi publicada por um Órgão Oficial, já cai por terra o argumento principal da publicação do Jornal Cidade Online, visto que os criminosos não são “bandidos comuns”, mas dois ex-policiais envolvidos em milícias e outros crimes.
No dia 28 de março de 2019, Élcio Queiroz e Ronnie Lessa – os acusados de matar Marielle Franco – foram transferidos do presídio de Bangu 1 (RJ) para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O PSOL se calou?
No mesmo dia em que foi divulgada a prisão dos suspeitos (12 de março de 2019), deputados federais do PSOL se reuniram para decidir a coleta de assinaturas e requerer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação das milícias no Rio de Janeiro.
No site do partido também podemos ver notícias e pedidos de punição para os envolvidos no crime. Além disso, o PSOL mantém as páginas Florescer por Marielle e Marielle Franco com dados atualizados sobre o andamento das investigações e projetos de lei encaminhados.
O partido continua com a campanha exigindo a instauração da CPI das Milícias.
No dia 29 de março de 2019, no mesmo dia da publicação feita pelo Jornal Cidade Online, o PSOL publicou em sua página no Facebook um vídeo com o depoimento da deputada federal Sâmia Bomfim falando sobre o andamento das investigações sobre o assassinato de Marielle:
“A exigência por justiça por Marielle é uma das maiores pedras no sapato desse governo”, disse a parlamentar!
Conclusão
A história afirmando que o PSOL se calou ao tentar descobrir quem matou a vereadora Marielle Franco quando descobriu se tratar de “bandidos comuns” é equivocada!
obs: A conclusão desse artigo foi alterada no dia 03/04/2019 de “falsa” para “equivocada”.
ATUALIZAÇÃO 16/04/2020
Retratação
Matéria publicada pelo Jornal da Cidade Online, no dia 29.03.2019, de autoria da jornalista Raquel Brugnera, foi erroneamente marcada como uma Fake News pelo E-farsas.
A matéria foi uma das mais acessadas de todos os sites de notícias do país, durante toda a semana e até a data da publicação do site E-farsas, já havia mais de 200 mil compartilhamentos em 24 horas, além de ser pauta para diversos canais de YouTube e sites variados que discutiram o assunto abordado, demonstrando que milhares de pessoas concordavam com o texto da jornalista, publicado na coluna de “Opinião” do Jornal da Cidade Online.
O texto versava sobre o real interesse do PSOL em descobrir os mandantes da vereadora carioca Marielle Franco, já que o assunto ficava em evidência na mídia tradicional, apenas quando os assassinos pareciam ser ligados ao Presidente da República, mas assim que os investigados demonstravam novos nomes que não eram ligados à família presidencial, o assunto sumia do foco principal da imprensa.
A marcação de fake news, além de atentar contra a credibilidade do Jornal da Cidade Online e da jornalista Raquel Brugnera, também prejudica o alcance da página e todo o trabalho editorial do grupo que está há mais de 40 anos atua no jornalismo como fonte confiável de notícias e opiniões.
Pelo ocorrido, pedimos desculpas.