Será verdade que uma mulher teve morte cerebral após ingerir 1 litro de molho de soja?
No primeiro dia deste ano, o site Mega Curioso publicou uma notícia muito curiosa, intitulada: “Mulher tem morte cerebral após ingerir 1 litro de molho de soja“. Contudo, será que esse caso realmente aconteceu? E se aconteceu, será que a mulher realmente morreu?
Bem, o texto publicado pelo Mega Curioso é praticamente um resumo do que foi publicado pela fonte que originou o texto, o tabloide britânico “Daily Mail” (DM) que, apesar de ser um pouquinho melhor que seus parentes nefastos (Daily Express, Daily Mirror e Daily Record), ainda assim deve ser sempre passível de uma verificação prévia antes de repassar o que é publicado por lá. O DM, por sua vez, baseou seu texto em um vídeo do YouTube, de um canal chamado “Chubbyemu“, publicado no dia 3 de dezembro de 2018. O canal pertence a um homem chamado Bernard, que alega ser professor clínico adjunto da Universidade de Illinois, nos EUA.
O caso narrado no vídeo do canal “Chubbyemu”
De acordo com a história contada no vídeo, que teria ocorrido num “setor de emergência do Distrito Médico de Illinois”, em 2012, uma mulher chamada apenas de “CG”, 39 anos, teria ingerido 1 litro de molho de soja, num período de 2 horas, com o intuito de fazer uma limpeza do cólon (parte central do intestino grosso). Antes disso acontecer, CG apresentava um quadro de saúde muito debilitado. Tinha perdido cerca de 11 quilos nas 3 semanas anteriores ao incidente. Seu organismo estava com deficiência de vitaminas e ferro. Seu marido, o Júlio, relatou que a esposa vinha ingerindo apenas pão branco e peixe enlatado nos últimos 6 meses. Além disso, não fazia muito tempo que CG tinha deixado um hospital psiquiátrico, pois ambos pensavam que tal comportamento poderia se tratar de uma esquizofrenia paranoide.
No entanto, CG não respondia a medicação. Acreditando que o governo tinha a envenenado de alguma forma, ela acabou, de também de alguma forma, se deparando na internet sobre “soy sauce colon cleanse” (“limpeza de cólon usando molho de soja”, em português), onde uma pessoa havia dito, que beber 1 litro de molho de soja, em duas horas faria com que ela eliminasse seu corpo das tais toxinas (tudo isso que eu disse foi narrado em apenas 1 minuto, dos 14 minutos que o vídeo possui).
No decorrer do vídeo, Bernard disse que CG sentiu seu coração batendo mais rápido, suas mãos e pernas formigarem, e que resistiu bravamente a tentação de beber água. Nos 30 minutos seguintes, enquanto dirigia rumo a sua casa, ela parou no acostamento, e começou a chorar. Seu estômago se revirava em cólicas. Porém, ela acreditava que isso fossem sinais de que seu corpo estava se livrando das toxinas. Em casa, sua visão começou a ficar embaçada. Também começou a ficar tonta e confusa. Ela deitou na cama, e começou a falar coisas desconexas.
Julio foi rapidamente ao banheiro, quando, de repente, escutou um forte barulho em outro cômodo da casa. Correu até a cozinha e se deparou com CG caída no chão, inconsciente. Então, ele ligou para o serviço de emergências (o famoso “911”, nos EUA). CG sofreu uma parada cardíaca na ambulância, os paramédicos conseguiram reanimá-la, e eles a levaram às pressas para a emergência de um hospital (não foi mencionado o nome do hospital).
Bernard explicou que, diante do histórico, o caso inicialmente se tratava de “hipernatremia aguda” (basicamente uma grande quantidade de sódio presente no sangue), e fez questão de explicar o termo, o significado do termo, a quantidade recomendada de sódio que deveria ser consumida por dia (5.8 gramas), a quantidade que seria letal (40 gramas) etc. Curiosamente, ele reclamou que esse tipo de desinformação na internet levou CG a acreditar que estava fazendo o certo. Ele também apresentou um experiência científica bem simples sobre tonicidade, para posteriormente explicar que cerca de 200 gramas de sódio acabaram sendo despejados na corrente sanguínea de CG, e por onde esse sangue passava acabava “sugando” a água pelo meio do caminho, desidratando, por exemplo, os rins e o coração de CG.
Tudo isso até seria reversível de alguma forma, porém a única coisa irreversível seria o dano cerebral causado, visto que as veias de seu cérebro estavam se contrair, reduzindo o fluxo de oxigênio. Seu estado mental estava se deteriorando, mas talvez não fosse tarde demais, talvez ainda não tivesse ocorrido um AVC. Então, Bernard explicou como o excesso de sódio poderia ser retirado do corpo de CG, ou seja, teria sido feita uma infusão de 5 litros de água com 5% de dextrose (açúcar, a grosso modo). Também teria sido ministrada uma outra solução com 0,45% de sódio para diluir a concentração em seu corpo. Nas 72 horas seguintes, CG começou a estabilizar. Ele teria aberto seus olhos e dito “Oi” para o seu marido, mas ora ela ficava consciente, ora inconsciente. O sódio em seu corpo não estava mais alto, tudo deveria estar bem, mas não estava.
Cerca de 4 dias depois, CG abriu seus olhos. A enfermeira pediu para ela mover os braços, mas ela não conseguia. Aliás, ela também não conseguia falar. CG apresentava um quadro de disartria, disfagia, e quadriplegia flácida. Nada disso era sinal de AVC, porém um exame de ressonância magnética revelou que ela tinha desenvolvido mielinólise pontina central (uma grave complicação do aumento rápido no sódio sérico), ou seja, isso significava que algo de errado aconteceu durante a correção dos níveis de sódio no sangue de CG. Bernard fez outra explicação para dizer que, apesar de CG ainda manter suas funções cerebrais, ela era incapaz de mandar impulsos nervosos para o restante do corpo.
Nada disso, no entanto, explicava porque ela havia bebido 1 litro de molho de soja em 2 horas. Poderia ter sido culpa da desinformação, ela poderia ser a verdadeira culpada etc. Porém, nenhum ser humano normal iria ingerir 200 gramas de sal sem vomitar, ou seja, havia mais alguma coisa errada. Então, Bernard relembrou as condições médicas de CG antes de episódio (a perda de peso, deficiência de ferro, vitaminas etc…).
Ele explicou que, sempre que alguém perde peso de forma não intencional, rapidamente se pensa em câncer, mas CG não tinha evidências de tumores no corpo. Então, foi apontado que CG talvez tivesse um problema gastrointestinal (devido a falta de absorção de vitaminas e ferro). Considerando que ela tinha passado a comer apenas pão branco (rico em glúten) e peixe enlatado, talvez, em algum momento da sua vida, tivesse desenvolvido intolerância ao glúten, ou seja, a chamada doença celíaca, inflamando o intestino, impedindo a absorção nutrientes, e levando CG a ficar psicótica ou ter um transtorno delirante. Outras análises revelaram que ela tinha mesmo fortes evidências de doença celíaca. De acordo com Bernard, isso significava que, em algum momento da vida, CG teria desenvolvido intolerância ao glúten, começou a delirar, foi mal-diagnosticada, e não recebeu o tratamento que precisava. Assim sendo, a desinformação na internet a levou a beber 1 litro de molho de soja, o que acabou deixando-a quadriplégica.
Enfim. Bernard também explicou que, em setores de emergência, eram frequentes os casos de pessoas que apresentavam complicações devido as falsas alegações ou promessas milagrosas de desintoxicação. Um alerta importante para aqueles que acreditam em tudo que está na internet. No, no fim do vídeo, Bernard disse que: “Com tratamento apropriado e acompanhamento, suporte da equipe médica, do seu amado marido, e a adoção de uma dieta sem glúten, que era adequada para o seu dignóstico, CG se recuperou.”
Alguém notou o erro? As razões pelas quais a informação divulgada pelo Mega Curioso está errada.
No vídeo ficou claro que CG não morreu. Porém, segundo o texto do Mega Curioso, CG morreu. Um dos principais erros da notícia é a escolha das fontes. Foi escolhida uma única fonte (algo invariavelmente problemático) e, para piorar, uma fonte sempre passível de questionamento, que é o tabloide britânico Daily Mail (DM).
No texto do DM, publicado no dia 11 de dezembro, a jornalista da seção de saúde, Mary Kekatos, cometeu um grave erro. Na primeira linha, é possível ler que: “Uma mulher americana sofreu danos cerebrais permanentes após beber um litro de molho de soja em uma tentativa de ‘limpar seu cólon’”. Porém, no quinto parágrafo, ela escreveu:
“Eles tentaram normalizar os níveis de sódio em seu sangue – mas a mudança foi muito rápida, o que resultou em sua morte cerebral.”
Aparentemente, Mary Kekatos não assistiu ao vídeo até o fim. Se qualquer outra pessoa, que usasse o DM como fonte, tivesse ao menos tivesse lido os comentários da notícia, veria inúmeras pessoas apontando o erro, e dizendo que CG não morreu.
Outro detalhe curioso, é que não foi somente o DM que errou na conclusão do caso, mas diversos outros sites que publicaram antes e depois dele, assim como o Next Shark , IBTimes, o MSN, e até mesmo o site Health. Outros, no entanto, assim como o Patheos, e o IFLScience publicaram a notícia de forma correta. O grande problema de sites internacionais de notícias, é que muitas vezes eles utilizam o termo clínico errado. Os termos “brain dead” e “brain damage” representam duas coisas completamente diferentes. Aliás, “brain dead” é morte cerebral. Ninguém nunca voltou a viver depois de um diagnóstico de morte cerebral. Muitas vezes, a mídia cisma de usar “brain dead” como se fosse a mesma coisa que coma. Coma é coma. Morte cerebral é morte cerebral. A morte cerebral não é um tipo diferente de morte, e os pacientes que atendem aos critérios de morte cerebral estão legalmente mortos. Essa é basicamente a raiz do problema até hoje em casos assim. Ainda que ninguém soubesse disso e não pesquisasse em mais nenhum outro lugar, bastaria assistir ao vídeo. Assistindo ao vídeo, saberia que a CG não morreu e se recuperou.
Para completar, tanto no Twitter, quanto no FB, algumas pessoas chegaram a perguntar ao Bernard o atual estado de saúde de CG, visto que o caso ocorreu em 2012, porém ele não respondeu. De qualquer forma, ele até hoje não disse que CG morreu.
O canal “Chubbyemu” realmente apresenta casos reais?
Essa é uma ótima pergunta. Bernard se apresenta no Twitter como professor-adjunto clínico da Universidade de Illinois, e mais nada. “Chubbyemu”, por exemplo, não é seu sobrenome:
https://twitter.com/chubbyemu/status/988960283895975936
Segundo alguns sites, Bernard seria oncologista, mas não encontrei fotos dele, que estejam relacionadas com hospitais, enfermarias, e nem encontrei qualquer Bernard, que fosse compatível com sua fisionomia, é claro, pertencente ao quadro de professores e funcionários da Universidade de Illinois. Independentemente que ele seja ou não o profissional que alega ser, seu canal no YouTube possui quase 1 milhão de inscritos, o tornando uma espécie de celebridade médica.
No passado, seu canal era dedicado somente a jogos. Depois ele mudou o conteúdo, focando em uma espécie de diário de emagrecimento. Posteriormente, por volta de agosto de 2017, ele mudou novamente para o formato que existe até hoje: a apresentação de casos médicos, geralmente fantásticos. Os títulos de seus vídeos também ganharam uma espécie de bordão à la “RezendeEvil” (famoso pelo “E olha no que deu“), onde é geralmente é mencionado: “Isso é o que aconteceu com seu cérebro” (a frase pode conter algumas variações assim como “rins”, “fígado”, “pele” etc). Tudo muito midiático e padronizado.
Em 7 de agosto de 2017, Bernard publicou um vídeo chamado “A Mom Drank 3 Gallons Water In 2 Hours. This is What Happened to Her Brain.”, um título bem semelhante ao vídeo sobre “CG”. Nesse outro vídeo, ele também dá apenas as iniciais da mulher, que seria “KC”. Na descrição ele diz o seguinte:
“Isso é uma história. Não faça o que KC fez. Não darei conselhos médicos pessoais pela internet. Consulte seu médico para isso.“
Reparem que ele apresenta o caso como “story”, ou seja, somente a palavra não quer dizer que seja real ou imaginário. De qualquer forma, o vídeo foi um sucesso, e já obteve quase 7 milhões de visualizações (muito mais do que os anteriores). Somente em junho do ano passado, que Bernard adicionou na descrição dos seus vídeos o seguinte texto:
“Esses casos são de pacientes, que eu ou meus colegas vimos. Eles são desindentificados, e muitos exemplos foram apresentados em maior profundidade em um ambiente acadêmico. Estes vídeos não são conselhos médicos individuais e são apenas para fins educacionais gerais. Eu não dou conselhos médicos pela internet, consulte pessoalmente seu próprio médico para isso.“
Entretanto, isso tudo destoa, por exemplo, em outro vídeo chamado “A Boy Ate 3 Laundry Pods. This Is What Happened To His Lungs” (“Um menino comeu 3 cápsulas de detergente. Isso é o que aconteceu com seus pulmões”, em português). Na descrição desse vídeo, publicado em 29 de janeiro do ano passado, é possível ler: “Isto é baseado em uma história verdadeira ocorrida em janeiro de 2018, EUA.” Aliás, existe até mesmo um aviso ostensivo no início do vídeo, dizendo que o mesmo foi baseado em eventos reais (essa parte do “baseado” é sempre sugestiva). Contudo, o caso relatado por Bernard não foi divulgado pela mídia, antes que aparecesse em seu canal. Na época, havia um desafio virtual irracional envolvendo ingerir cápsulas de detergente. Será que Bernard aproveitou a frenesi irracional da internet para inventar um caso ou realmente aconteceu? A ênfase em dizer que aquele caso era real, ao contrário do que é visto em outros é, no mínimo, peculiar.
Bernard alega no FB, que o caso referente a CG foi real, e que ele viu acontecer em 2012. No Twitter, ele também já alegou que não perde tempo em pesquisar em ensaios, diretrizes de tratamento, ou outras coisas, visto que os casos geralmente são aqueles que ele viu ou teve contato no passado. Não todos, mas a maioria (reparem no “não todos”). Além disso, os casos seriam checados por vários colegas de profissão. Ele também já admitiu que os vídeos são dramatizados, que as pessoas envolvidas são remuneradas, e que as imagens e vetores utilizados são de banco de imagens, mas que ele refazia muitas delas, ou seja, não haveria nenhuma imagem diretamente relacionada ao caso ou história apresentada no vídeo.
Algumas outras coisas também chamam a atenção:
- No vídeo de CG, por exemplo, Bernard citou que o caso aconteceu em 2012, no Distrito Médico de Illinois, uma área que concentra 4 grandes hospitais, 2 universidades de medicina e mais de 40 instituições de saúde. Somente no distrito trabalham cerca mais de 30 mil pessoas, e circulam diariamente mais de 50 mil outras pessoas. Porém, em qual hospital isso ocorreu? Bernard não dá maiores detalhes de onde o caso ocorreu. Não é possível checar aquilo que ele diz, visto que ele não mostra de onde tirou o caso, alegando apenas que ele ou um colega presenciou;
- Geralmente, nos Estados Unidos, principalmente os casos mais complexos e mais inusitados, são amplamente relatados pelos médicos, em periódicos ou jornais, que contam a história do caso e os procedimentos adotados como referência posterior para os demais médicos saberem como agir em casos semelhantes. É possível consultar tais publicações médicas no acervo do Centro Nacional de Informações Biotecnológicas (NBCI). Entretanto, não encontrei nenhum caso que tenha sido reportado em 2012 com tais características (pode ter sido reportado nos anos seguintes);
- Também não encontrei nenhum caso semelhante ocorrido em 2012, que tivesse sido publicado na internet;
- Além disso, se fizermos uma busca por “soy sauce colon cleanse“, ou qualquer variação nesse sentido, antes de 3 de dezembro do ano passado, também não há qualquer menção sobre algo nesse sentido. Um caso de tal proporção provavelmente seria publicado em algum lugar, algum periódico científico.
Portanto, é realmente difícil saber se o caso é realmente verdadeiro ou a história foi meramente inspirada em algum outro caso real, ou seja, Bernard pode ter simulado uma condição médica, e mostrado como seria o tratamento para aquela condição (estilo a série House M.D.). Tudo o que temos, no entanto, é a palavra de Bernard, que não faz questão de provar nada do que conta.
Um caso parecido aconteceu em 2011
É preciso deixar algo bem claro: ingestões intencionais de grandes quantidades de cloreto de sódio são ocorrências raras, e frequentemente fatais. Porém, há casos raros em que a pessoa sobrevive, e sem qualquer tipo de dano cerebral. Um desses casos aconteceu em 2011, porém foi publicado apenas em 2013, no The Journal of Emergency Medicine, e envolveu um adolescente de 19 anos, nos Estados Unidos.
Os médicos que trataram o adolescente disseram, que ele chegou ao hospital duas horas depois de ser desafiado por amigos para beber uma garrafa de molho de soja. Quando ele chegou no setor de emergência, ele estava tendo convulsões, espumando pela boca, e entrou em coma. O primeiro hospital administrou somente uma medicação anti-convulsiva e transferiu o adolescente para o Centro Médico da Universidade da Virgínia, que passou a ser tratado como um quadro de hipernatremia, cerca de 4 horas após o incidente. A equipe imediatamente começou a remover o sódio do corpo do adolescente ao administrar uma solução de água e dextrose através de um tubo nasal. Em meia hora, eles bombearam cerca de 6 litros de “água com açúcar” no corpo do adolescente. Os níveis de sódio do voltaram ao normal após cerca de cinco horas. Ele permaneceu em coma por três dias, mas acordou sozinho. Exames não identificam danos no cérebro do adolescente e, inclusive, foi mencionado que o desempenho escolar dele estava normal, como antigamente. Os médicos atribuíram isso ao fato de rapidamente conseguirem baixar o nível de sódio do adolescente.
O adolescente envolvido não foi identificado. Contudo, “de acordo com vários relatos publicado na mídia“, um estudante da Universidade da Virgínia foi levado às pressas para o hospital em 2011 após beber uma garrafa de molho de soja como parte de um trote de uma fraternidade da faculdade. Não ficou claro se o relatório descreve o mesmo adolescente. O incidente de trote levou a uma investigação da polícia e da faculdade e provocou o fechamento da tal fraternidade por vários meses. A fraternidade foi reaberta desde então.
Conclusão
Conforme vocês puderam perceber, a notícia sobre a morte cerebral de uma mulher devido a ingestão de 1 litro de molho de soja é parcialmente falsa, visto que a mulher referente ao caso narrado por um canal do YouTube se recuperou após o incidente. Ela quase teria morrido, mas não morreu.
Agora, se todos os vídeos do Bernard, que até possuem uma dinâmica agradável, diga-se de passagem, realmente retratam casos reais, é outra história. Bernard não mostra de onde tirou os casos, e as informações sobre eles são muito escassas, o que inviabiliza qualquer checagem por quem assiste seus vídeos.