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Solar City Tower – A Torre das Olimpíadas de 2016…Rio de Janeiro!

Construções

Solar City Tower – A Torre das Olimpíadas de 2016…Rio de Janeiro!

Será erguida uma enorme torre na ilha de Cotunduba no Rio de Janeiro em comemoração às Olimpíadas de 2016?

Desde abril de 2010, esse e-mail circula pela rede e afirma que um projeto para a construção de uma torre de observação na ilha de Cotonduba, no Rio de Janeiro, em comemoração às olimpíadas de 2016 (que serão realizadas aqui no Brasil!).

O texto é falso!

O projeto realmente existiu, mas, para alegria (ou tristeza!) de muitos, é apenas conceitual.

Os desenhos da torre foram criados pela RAFAA, que era uma das concorrentes de um concurso internacional promovido pela Arquitectum, empresa privada sediada no Peru e organizadora de concursos por todo o mundo. Os concursos são patrocinados pela DawnTown 2008 Waterworks e, No Brasil, é desenvolvido pela Universidade Estácio de Sá.

Os concursos organizados pela Arquitetum são feitos para promover e incentivar a criatividade dos participantes e, segundo o próprio site deles, os projetos devem ser totalmente conceituais, ou seja, dificilmente sairão do papel um dia!

Centenas de projetos participaram do concurso e o projeto entregue pela RAFAA nem ficou entre os finalistas do concurso. No entanto, pela polêmica causada por causa da exposição dos desenhos na internet, a empresa conseguiu fazer uma enorme divulgação de sua marca.

Os vencedores desse concurso, realizado entre 2008 e 2009 foram:

1º Lugar – Kalinca Braga Augisto Vicente, Jan Foerster – Brasil;

2º Lugar – Rui dos Reis – Alemanha;
3º Lugar – Eduardo Martins Rodrigues – Espanha;

Mas, se o projeto fosse real e de fato aceito, diversos pontos deveriam ser considerados e mudados para que fosse possível a sua construção:

A Lei nº. 5019 de 6 de maio de 2009, institui um tombamento da ilha e de mais 200 metros do espelho de água em volta dela. A Área de Preservação Ambiental do Morro de Leme, Urubu e Ilha de Cotunduba foi criada pelo Decreto Municipal nº. 9.779 de 12 de novembro de 1990 e regulamentada pelo Decreto Municipal nº. 14.008 de 05 de julho de 1995. Ou seja, pode até rolar, mas é muito difícil autorizarem a construção de algo lá

A quantidade de energia necessária para se erguer a água até o topo da torre seria muito alto. A área ocupada pelos painéis solares teria que ser maior do que a área ocupada por toda a construção.

O acesso até a ilha é de difícil acesso. Os engenheiros teriam que pensar numa solução para isso sem comprometer a natureza, que já estaria comprometida por causa das obras.  

Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas e, em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar é o autor do livro "Caçador de Mentiras" pela Editora Matrix e da aventura de ficção infantojuvenil "Marvin e a Impressora Mágica"!

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