Vacinas podem causar depressão grave induzindo ao suicídio?
Muitos de vocês devem ter acompanhado o caso de um voluntário da vacina Coronavac, que segundo um boletim de ocorrência obtido na última terça-feira (10), pela TV Globo, cometeu suicídio. De acordo com o documento, ao chegar ao apartamento do referido voluntário, os policiais foram recebidos pelo zelador do prédio, que mostrou o corpo no chão do banheiro — perto do braço dele, havia uma seringa e diversas ampolas de remédio.
O episódio levou a interrupção temporária dos estudos por parte da Anvisa, que havia citado, no dia anterior, “evento adverso grave”, mas não havia dado detalhes sobre o motivo específico que levou à suspensão. Posteriormente, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou categoricamente, em coletiva de imprensa, que era impossível que houvesse relacionamento desse evento com a vacina.
De qualquer forma, ontem (11), a Anvisa autorizou a retomada dos testes da vacina Coronavac.
Um Texto Publicado no Site “Estudos Nacionais”
Em meio de todo esse imbróglio, na última terça-feira, um site chamado “Estudos Nacionais” publicou um artigo intitulado “Morto após tomar vacina pode ter sofrido alterações neurológicas graves; Entenda“ (arquivo).
No artigo foi alegado, que “diversos estudos já apontaram associações entre vacinas da gripe e danos cerebrais“. Além disso, foi mencionado que não eram poucos os “estudos que relacionam alterações neurológicas ligadas à depressão com vacinas da gripe“.
Esse artigo, no entanto, é altamente desinformativo.
A Disseminação da Narrativa de que Vacinas Poderiam Levar ao Suicídio
Naquele mesmo dia, foi publicada uma coluna do jornalista Alexandre Garcia, no site do jornal “Gazeta do Povo”, intitulada: “Morte de voluntário da Coronavac é coisa séria e carece de investigação“ (arquivo). Num determinado trecho, eis o que ele menciona:
“Ao longo do dia, aventou-se a hipótese de que a causa da morte foi suicídio. Mas é preciso investigar se há possibilidade de um dos efeitos colaterais da vacina ser profunda depressão, por exemplo.“
Dois dias depois, a conta oficial do jornal no Twitter disseminou um áudio do jornalista (arquivo), em que ele alega, sem citar provas ou fontes:
“…porque a vacina poderia causar uma depressão grave o suficiente para levar ao suicídio“.
Confira o áudio completo, abaixo:
ALEXANDRE GARCIA: A última razão da diplomacia sempre foi a pólvora. Qual o espanto? https://t.co/KHl9BEX4zn#Opinião @alexandregarcia pic.twitter.com/zyoqodV5kR
— Gazeta do Povo (@gazetadopovo) November 12, 2020
Essa fala, no entanto, não é mencionada no texto de sua coluna no site da Gazeta do Povo (arquivo).
Vacinas Podem Provocar Depressão Grave Induzindo ao Suicídio?
Não há registros na literatura médica ou evidências epidemiológicas, que comprovem que vacinas levem a quadros de depressão grave que por sua vez induzam a casos de suicídio! Não encontramos estudos que apontassem, por exemplo, para quaisquer aumentos de casos de suicídio em razão da vacinas ou campanhas de vacinação. É muito importante deixar claro que depressão não é sinônimo de suicídio, visto que esse é apenas um dos fatores, não o único fator, que levam uma pessoa a cometer tal ato.
O artigo publicado pelo site “Estudos Nacionais” não fornece nenhuma prova ou evidência, que sustente a probabilidade aventada, tanto no título quanto no texto. Em nenhum link fornecido nos trechos analisados foi mencionado, que vacinas levem a quadros de depressão grave que por sua vez induzam ao suicídio. Diga-se de passagem, ainda não se sabe se o voluntário recebeu a Coronavac, que no Brasil será produzida pelo Butantan a partir do ano que vem, caso seja eficaz, ou um placebo, como parte do grupo de controle do ensaio da fase 3. Assim sendo, o título faz uma afirmação sem provas.
Em sua fala Alexandre Garcia também não fornece nenhuma prova ou evidência que sustente sua alegação de que “a vacina poderia causar uma depressão grave o suficiente para levar ao suicídio“. Ainda que não seja sua intenção, sua fala alimenta o cerne de movimentos antivacinas, que aterrorizam a população, desinformando-a e, consequentemente, gerando um grave problema de saúde pública.
A Checagem dos Principais Trechos do Artigo Publicado pelo Site “Estudos Nacionais”
A seguir vamos checar os principais trechos do artigo publicado pelo site “Estudos Nacionais” que tentam estabelecer essa possível correlação.
Trechos #1 e #2
Num determinado trecho do artigo é indagado: “Mas será que vacinas podem causar alterações cerebrais a ponto de provocar danos psíquicos graves que levem ao suicídio?“. E, em seguida, é respondido:
“De acordo com estudos de ondas cerebrais, essa é uma probabilidade. Segundo estudos, alterações neurológicas podem ser causadas por inflamações geradas por vacinas da gripe ou da febre tifóide, como já foi registrado no passado e foi objeto de pesquisas. A inflamação é uma reação do sistema imunológico. Uma família de proteínas chamadas citocinas é responsável por desencadear a inflamação no corpo e mudar o cérebro para o ‘modo de doença’, pondo o corpo inteiro em alerta”
“Estudos de imagens cerebrais de pessoas injetadas com uma vacina contra a febre tifóide descobriram que isso pode ser devido a mudanças nas partes do cérebro que processam recompensas e punições.“
Como referência a tais alegações, ambos os trechos citaram um mesmo estudo intitulado: “Neural Origins of Human Sickness in Interoceptive Responses to Inflammation“. Ele foi publicado em maio de 2009, num periódico chamado “Biological Psychiatry”.
Entretanto, em nenhum momento o estudo diz que vacinas podem levar ao suicídio!
A Opinião do Dr. Jose Gallucci-Neto, Mestre em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP, e diretor médico da Unidade de Vídeo-EEG do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP
Conversamos com o Dr. Jose Gallucci-Neto, Mestre em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP, e diretor médico da Unidade de Vídeo-EEG do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP. Ele também é diretor médico do Serviço de ECT do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, médico assistente e Chefe da Unidade Metabólica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. É ex-coordenador e Fundador da Residência Médica em Psiquiatria do Instituto Bairral de Psiquiatria. Em 2007 recebeu o Prêmio IPq de melhor “Médico Psiquiatra Assistente” do ano no Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP
Segundo ele, não há consenso na literatura médica sobre a relação de causalidade entre quadros de depressão e processos imunoinflamatórios. Não há nada comprovado neste sentido. A hipótese mais aceita na comunidade científica sobre a fisiopatologia da depressão é a da redução das monoaminas (neurotransmissores), que não se relaciona com reações vacinais.
Aliás não se pode atribuir este diagnóstico de depressão ao voluntário que morreu, já que o suicídio também esta relacionado a outros transtornos mentais, abuso de substâncias e fatores psicosociais.
“A investigação de um evento adverso como este não flerta com o campo especulativo“, afima Gallucci.
A Opinião do Dr. Altay de Souza, psicólogo com Doutorado em Psicologia Experimental (USP) e graduando em Estatística (USP), pesquisador na USP (ECA – 4C – Centro de Comunicação e Ciências Cognitivas)
Também conversamos com o Dr. Altay de Souza, psicólogo com Doutorado em Psicologia Experimental (USP) e graduando em Estatística (USP), pesquisador na USP (ECA – 4C – Centro de Comunicação e Ciências Cognitivas) e UNIFESP (Psicobiologia) com pesquisa na área de Julgamento, Decisão e Escolha, Epistemologia da Ciência, Análise de Dados aplicados e Medicina do Sono. Além disso atua com divulgação científica com o podcast Naruhodo! juntamente com o host Ken Fujioka.
Segundo o Dr. Altay, o estudo é problemático por três motivos principais:
- O tamanho da amostra é apenas 16, todos homens;
- A variável dependente, que é o que eles verificam diferença entre quem tomou a vacina e quem tomou o placebo (injeção inerte) foi um questionário chamado POMS, que avalia 6 estados de humor diferentes, e esse questionário não é utilizado em casos de depressão grave ou o que ele mede não tem associação com sintomas ligados a ideação suicida;
- Além disso eles fizeram um teste chamado de “Stroop Color“, que testa o grau de resposta em contexto de estresse cognitivo, o que não tem nada a ver com sintoma psiquiátrico.
Segundo o Dr. Altay, os pesquisadores avaliaram os resultados antes e depois de apenas 3h da administração da vacina contra a febre tifoide (não é mencionado nada sobre vacina contra gripe nesse estudo), o que não é evidência suficiente. Além disso, o grau da diferença nas escalas entre os grupos vacina x placebo só foi significativo para a variável “Fadiga e Confusão” do POMS, tão somente após a administração da vacina e esta diferença entre os grupos some após 3h.
E Finalmente…
Ainda de acordo com ele, o estudo sugere que só o fato de você tomar uma injeção (mesmo que placebo) gera um aumento no estresse inflamatório, mostrando como o efeito placebo é robusto, e também mostra o quão frágil os resultados desse estudo são dado o tamanho de amostra e a robustez do efeito placebo per se.
Trecho #3
“De acordo com um artigo publicado no jornal The Guardian, foi demonstrado que as citocinas e a inflamação aumentam rapidamente durante os episódios depressivos e em pessoas com transtorno bipolar“
Em primeiro lugar, esse trecho não cita nenhum artigo publicado no jornal britânico “The Guardian”. Ambos os links presentes nesse trecho se referem a um estudo intitulado “Comparison of cytokine levels in depressed, manic and euthymic patients with bipolar disorder“, que foi publicado em agosto de 2009, no periódico “Journal of Affective Disorders“.
Em segundo lugar, em nenhum momento o estudo diz que vacinas podem levar ao suicídio!
A Opinião do Dr. Jose Gallucci-Neto
Segundo o Dr. Jose Gallucci-Neto, o artigo estabelece associação não causal de alguns marcadores inflamatórios com transtorno bipolar em fase aguda e não com depressão. São entidades diagnósticas distintas.
A Opinião do Dr. Altay de Souza
Segundo o Dr. Altay de Souza, o artigo é igualmente problemático por três motivos básicos:
- É comparado apenas o estresse inflamatório entre três grupos de pessoas com Transtorno Bipolar;
- A população alvo desse artigo não é a população geral, logo não tem nenhuma medida de comparabilidade;
- O artigo não fala nada sobre vacina, ele compara os grupos de gravidade de TBip em função de fatores inflamatórios e questionários clinicos.
Ainda de acordo com ele, há diferença entre o estresse inflamatório entre os grupos, mas apenas para a Interleucina e somente para o grupo com sintomas ligados a Mania. Contudo, novamente, isso não tem NADA A VER com vacina!
Diga-se de passagem, podemos destacar nesse ponto, que não há evidências para sustentar quaisquer alegações de suicídios com base numa tempestade de citocinas eventualmente causada por inflamação decorrente de um vírus atenuado. Isso seria, no mínimo, é altamente especulativo.
Trecho #4
“Não são poucos os estudos que relacionam alterações neurológicas ligadas à depressão com vacinas da gripe. Um deles é o estudo intitulado Flu Vaccine in the Body, Flu in the Mind (vacina da gripe no corpo, gripe na mente), de Marisa Toups, psiquiatra da UT Austin Dell Medical School, entidade especializada no estudo da interação entre as funções físicas e mentais“.
Em primeiro lugar, o link fornecido é referente a uma entrevista, datada de 2018, com a Dra. Marisa Toups, da Escola Médica Dell, na Universidade do Texas, nos EUA! Em segundo lugar, em nenhum momento da entrevista a Dra. Maria Toups diz que vacinas podem levar ao suicídio! Muito pelo contrário!
Confira o que ela disse:
“Tenho medo de que as pessoas vejam isso como um motivo para evitarem a vacina contra a gripe! Todo mundo deveria se vacinar! Há muitas controvérsias sobre vacinas ultimamente, então fiquei preocupada em fazer pesquisas que mostrassem as vacinas sob uma ótica desfavorável, mas sinto fortemente que temos que entender como as coisas funcionam para torná-las melhores. Acho que muitas vezes, quando as pessoas chegam dizendo: ‘Sinto que a vacina contra a gripe me deixa gripado’, os médicos descartam essa experiência subjetiva. Em vez disso, devemos reconhecer que isso acontece e descobrir como lidar com isso para que possamos encorajar as pessoas a irem em frente e se vacinarem.“
Ah, mas Ela Fala Sobre um Estudo! Pois é, um Estudo Meramente Observacional e Altamente Limitado
No texto é mencionado que a Dra. Marisa Toups estava trabalhando para aprender mais sobre como as pessoas com depressão reagem ao ter seu sistema imunológico ativado por um estímulo, assim como a vacina contra a gripe. A pesquisa não estava especificamente relacionada à gripe, mas eles escolheram esse modelo porque todos os anos, pessoas de todos os lugares tomam a vacina contra a gripe.
No entanto, na matéria do “Estudos Nacionais” o questionamento era se vacinas podiam causar alterações cerebrais a ponto de provocar danos psíquicos graves que levassem ao suicídio. O trabalho da Dra. Marisa Touts envolvia pessoas que já possuíam quadros de depressão! Portanto, de antemão, independentemente do estudo, já não faria sentido!
Então, a Dra. Marisa Touts disse que havia sido feito um estudo para ver se as pessoas com depressão tinham maior probabilidade de se sentirem mal depois de tomarem a vacina contra a gripe, e eles descobriram que, em alguns casos, sim. Ela chamou esse comportamento de “metacognição”, ou seja, algo que você não decide conscientemente, mas todo o seu corpo decide por você.
O estudo a que ela se refere é intitulado: “Pilot investigation into the sickness response to influenza vaccination in adults: effect of depression and anxiety“, e foi publicado em julho de 2017.
Entretanto, estávamos diante de um estudo observacional altamente limitado. Vale lembrar nesse ponto, que até podem ser testadas associações em estudos observacionais, mas não dá para inferir casualidade.
A Opinião do Dr. Jose Gallucci-Neto
Segundo o Dr. Jose Galluci-Neto, estamos diante de um estudo piloto, preliminar, que não mediou sintomas depressivos, mas afeto positivo e negativo. Não tem nada a ver com causalidade entre vacina e depressão.
A Opinião do Dr. Altay de Souza
De acordo com o Dr. Altay de Souza, o artigo mostra apenas a diferença na média do grau de afetos positivos, mas não os negativos, segundo o questionário PANAS. Isso é importante, porque os afetos negativos são aqueles mais relacionados com ideação suicida. Além disso, a amostra é composta só de pessoas com depressão que não tem a ver com a amostra geral utilizada em outros estudos.
Isso sem contar que os grupos (depressão e controle) já eram diferentes no grau de percepção de afetos positivos segundo o PANAS desde a medida baseline antes da tomar a vacina, o que mostra que os grupos já eram diferentes mesmo antes disso.
A Imagem Utilizada no Artigo do Site “Estudos Nacionais” é Genérica
A imagem utilizada no artigo do site “Estudos Nacionais” não pertence a nenhum estudo ou entrevista citado no artigo.
Aliás, a imagem pertence a um usuário chamado “Movus”, e foi adicionada ao referido banco de imagens em maio de 2013.
Você Não Está Sozinho!
Se você precisa de ajuda, não sinta vergonha ou medo. Ligue agora para o Centro de Valorização da Vida (CVV), através do telefone 188. A ligação é gratuita, e o atendimento é 24 horas, todos os dias, inclusive aos finais de semana e feriados. Alternativamente, converse através do chat disponível no site no associação. Você será atendido por um voluntário, com respeito, anonimato, e que guardará estrito sigilo sobre tudo que for dito.
Lembre-se, você não está sozinho!
Conclusão
Não há registros na literatura médica ou evidências epidemiológicas, que comprovem que vacinas levem a quadros de depressão grave que por sua vez induzam a casos de suicídio! Não encontramos estudos que apontassem, por exemplo, para quaisquer aumentos de casos de suicídio em razão da vacinas ou campanhas de vacinação. É muito importante deixar claro que depressão não é sinônimo de suicídio, visto que esse é apenas um dos fatores, não o único fator, que levam uma pessoa a cometer tal ato.
O artigo publicado pelo site “Estudos Nacionais” não fornece nenhuma prova ou evidência, que sustente a probabilidade aventada, tanto no título quanto no texto. Em nenhum link fornecido nos trechos analisados foi mencionado, que vacinas levem a quadros de depressão grave que por sua vez induzam ao suicídio. Diga-se de passagem, ainda não se sabe se o voluntário recebeu a Coronavac, que no Brasil deverá ser produzida pelo Butantan a partir do ano que vem, caso seja eficaz, ou um placebo, como parte do grupo de controle do ensaio da fase 3. Assim sendo, o título faz uma afirmação sem provas.
Em sua fala Alexandre Garcia também não fornece nenhuma prova ou evidência que sustente sua alegação de que “a vacina poderia causar uma depressão grave o suficiente para levar ao suicídio“. Ainda que não seja sua intenção, sua fala alimenta o cerne de movimentos antivacinas, que aterrorizam a população, desinformando-a e, consequentemente, gerando um grave problema de saúde pública.
As Investigações Prosseguem
Segundo a Folha de São Paulo, a aplicação foi feita 25 dias antes da morte do voluntário. O fator tempo é importante, porque é altamente improvável que um indivíduo saudável desenvolvesse, a partir da vacina, um quadro de depressão aguda, sem qualquer diagnóstico, num período tão curto, que o levasse a cometer suicídio.
Ainda segundo a Folha, a causa da morte pode ter sido por overdose, mas ainda é cedo para sabermos, porque os investigadores aguardem o exame toxicológico.
Casos de Suicídio Não Podem Ser Analisados com Meras Opiniões
Cabe destacar ainda, que vacinas têm um efeito na resposta imunológica que gera um efeito inflamatório e isso decorre do próprio motivo pelo qual está tomando a vacina. Para que seu corpo aprenda a reagir e criar anticorpos de forma controlada frente a patógenos.
No entanto, essa disrupção importante que elas geram no organismo tem efeito local e por pouco tempo. Dessa forma associar o efeito delas a uma maior probabilidade de comportamento suicida, mesmo em pessoas com diagnóstico de doenças mentais, não faz sentido, além de desconsiderar os condicionantes sociais e contextuais que também podem aumentar a chance desse comportamento que é em geral motivado por uma questão biopsíquica, mas é um comportamento impulsivo que também depende do ambiente.
O suicídio é antes de tudo uma solução definitiva para um problema parcial e as noticias deveriam ser mais cuidadosas em, de fato, analisar evidências como tal ao invés de ter opiniões com base em desinformação e cherry-picking.
Agradecimentos Finais
Agradecemos imensamente ao Dr. Altay de Souza e ao Dr. Jose Gallucci-Neto pela inestimável colaboração na elaboração deste artigo.